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Coleta de Amostras Biológicas

Uma vez que a Amazônia é um bioma imenso e, em geral, pouco estudado, o Reconecta, além de ser um projeto de conservação aplicado, pode ser também um projeto de descobertas, incluindo a descrição de novas espécies, novas áreas de ocorrências, informações genéticas sobre estruturas populacionais e perfis patológicos da comunidade de fauna da Amazônia Central.

Análises isotópicas

Coletamos pelos de mamíferos atropelados para análises isotópicas referentes às dietas ou hormônios.

Análises de doenças

A presença humana próxima a áreas naturais provoca contato com populações de animais silvestres e, devido a essa proximidade, pode ocorrer troca de doenças com expansão epidêmica, estabelecendo assim novas relações entre hospedeiros e patógenos, bem como novos nichos na cadeia de transmissão de doenças. Amostras de tecidos (sangue total, coração, pulmão, fígado, rim e baço) e ectoparasitas (pulgas, piolhos, ácaros e carrapatos) são coletadas de mamíferos atropelados. Dessas amostras, são retirados fragmentos para extração de DNA e posterior detecção molecular (PCR) e sequenciamento de agentes infecciosos e parasitários.

Análises genéticas

O uso clássico de traços morfológicos para identificação de espécies tem várias limitações, especialmente quando aplicadas aos animais atropelados. O DNA barcoding é uma ferramenta importante para identificação de espécies, identificação de espécies que não constam em bancos genéticos mundiais ou até mesmo que apontem espécies ainda não descritas. As análises genéticas também serão utilizadas para realizar uma estimativa do tamanho efetivo da população (Ne) de Cerdocyon thous (recente migrante para a Amazônia) com base em indivíduos atropelados e comparar a distribuição da diversidade genética, e para avaliar a estrutura populacional de algumas das espécies de primatas e outros mamíferos terrestres mais atropelados.